Mario Kart Tour, o pior Mario Kart da história - The Happy Android

Na semana passada, um dos jogos móveis mais esperados para os fãs da Nintendo foi lançado, Mario Kart Tour. Um jogo para Android e iOS baseado em um modelo grátis para jogar com muito mais sombras do que luzes. Depois de alguns dias jogando o título, a sensação que temos é bastante agridoce, e é uma pena, já que parece que os desenvolvedores "afrouxaram os cabelos" no pior sentido da palavra.

Mario Kart Tour é um jogo ruim? Poderíamos dizer que é simples em termos de jogabilidade pura e simples, embora seja tudo o que envolve o jogo que torna este título muito distante do que poderia ter sido se a Nintendo o tivesse abordado de uma perspectiva menos agressiva. Acima de tudo, considerando que enfrentamos uma franquia com uma base de jogadores que, em grande parte, prospera com crianças e menores.

Comece o jogo e já encontramos a primeira surpresa

Mario Kart Tour pega os piores vícios da atual indústria de jogos móveis, e até se dá ao luxo de adicionar uma “tacada” extra. Desde o início, para começar a jogar é necessário entre com uma conta Nintendo. Se tivermos um switch, isso pode não ser um problema para nós, mas por outro lado somos obrigados a nos registrar e deixar nossos dados para um jogo que, não se engane, provavelmente iremos desinstalar em algumas semanas ou menos.

Mau começo ...

Layout vertical

Quando a Nintendo lançou Super Mario Run, eles queriam colocar muita ênfase na necessidade de seus jogos serem jogáveis ​​verticalmente e com uma mão. Algo que nos permitiria fazer alguns jogos enquanto estamos no metrô ou no ônibus: algo a ter em mente se pensarmos que os japoneses passam muitas horas viajando em transporte público. Uma regra que a Nintendo segue em todos os seus jogos para celular.

Aqui, no entanto, estamos falando de um jogo de corrida, e o fato de a tela ser limitada ao formato vertical o torna a visibilidade na pista é extremamente limitada. Se existe algum jogo que requer uma visão panorâmica, são os jogos de direção, e no Mario Kart Tour foi apresentado mais como uma necessidade do que como uma opção de estilo. Claro, isso também se traduz em rotas muito mais simplificadas e menos difíceis, o que no final tira muito do jogo quando se trata de jogabilidade.

Jogabilidade simplificada

Mas nem tudo é ruim no Mario Kart Tour. Tal como em Super Mario Run, os gráficos correspondem perfeitamente ao cânone estabelecido e parece que estamos a jogar um título Switch ou Wii U. A música também está à altura e se formos fãs da saga iremos, sem dúvida, reconhecer alguns que outra melodia clássica.

Porém, embora o papel de embrulho utilizado para esta embalagem seja o mais atraente, o "conteúdo da embalagem" deixa muito mais a desejar. A jogabilidade é reduzida à sua expressão mínima, o que na prática significa que temos apenas 2 controles: esquerda-direita para virar o kart, e cima-baixo para lançar objetos. Todo o resto vai para automático (o carro se move sozinho, não te deixa sair da pista e acelera automaticamente em certas seções). No menu de configurações, temos a possibilidade de ativar o skid manual, mas também não é algo que envolva uma mudança significativa o suficiente. No final, você fica com a sensação de que dirigir seu kart é quase a coisa menos importante do jogo.

Os famosos cachimbos

Os míticos tubos verdes do mundo de Mario sempre foram sinônimos de surpresas e novos mundos a serem descobertos. No Mario Kart Tour, no entanto, eles pegaram esse conceito e o transformaram em um canhão que dispara todos os tipos de prêmios. Basicamente, o que tem sido uma "caixa de saque" ou caça-níqueis.

Antes mesmo de começar a primeira corrida, o jogo já nos apresenta um cachimbo que devemos “abrir” e no qual encontraremos um personagem, acessórios ou um kart. Todos os desbloqueios são feitos através dos famosos pipelines, que podemos comprar com moedas do jogo ou com rubis (a moeda premium do jogo). Os circuitos e personagens são tão caros para desbloquear com a moeda padrão do jogo que no final não sabemos se estamos jogando para abrir tubos ou abrindo tubos para jogar. Em ambos os casos, a experiência de jogo é tremendamente ressentida, levando ao tédio prematuro que é quase inevitável.

Microtransações e passes de temporada

Claro, tudo isso é perfeitamente temperado com micropagamentos de todos os tipos. Por um lado, temos a possibilidade de comprar rubis, em embalagens que variam entre os quase 3 euros e os quase 75 euros (para podermos fazer 2 séries de cachimbo é preciso gastar 6,99 euros).

Mas a coisa não para por aí, pois existe também o que se chama "Golden Pass" que nada mais é do que uma assinatura mensal de 5 euros (o mesmo que todo o catálogo Google Play Pass), com a qual teremos acesso a Recompensas exclusivas, desafios próprios e a possibilidade de desbloquear o modo de jogo mais difícil (o 200cc). Ou seja, se quisermos que os carros andem um pouco mais rápido, teremos que ir ao caixa e pagar.

Tudo isso não seria tão sério se não fosse o fato de que grande parte do público-alvo da Nintendo são menores, e esse tipo de atividade só incentiva formas de jogo que não são saudáveis, pelo menos. E não vamos falar do modo multiplayer online, algo que foi anunciado desde o início como uma grande novidade e que no final não chegou (pelo menos fora da caixa). Claro, para poder jogar este Mario Kart é obrigatório ter uma conexão de internet, então agora podemos dizer adeus aos nossos dados, pois temos um sério viciado neste jogo.

Em qualquer caso, não parece que todos esses "detalhes" vão manchar o novo sucesso da Nintendo. Apenas 1 semana após o seu lançamento, já ultrapassou o Pokémon GO e é o jogo para telemóvel de maior sucesso da empresa japonesa. Não acho que seja um jogo que faça jus ao grande legado da Nintendo no mercado de videogames, e a verdade é que fico um pouco triste em ver como eles entraram no movimento do "vale tudo" assumindo o seu lugar As piores práticas de jogos móveis do mundo.

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